sexta-feira, 3 de novembro de 2017

RÚSSIA Cem anos depois da revolução, há vida para Lenine além das estátuas?

A influência de Lenine já não é a mesma, e não teria sido necessário esperar cem anos desde a revolução bolchevique para perceber como o legado do líder soviético tem sido alvo de questionamento na sociedade russa. Um dos exemplos prende-se com o debate sobre a permanência do corpo embalsamado de Lenine no mausoléu onde está na Praça Vermelha, em Moscovo, que se iniciou no final dos anos 1980. Já este ano a Igreja Ortodoxa Russa Fora da Rússia aproveitou o centenário da Revolução Russa para abordar este tema ao pedir que os restos mortais sejam retirados do local.

Ainda que Estaline se tenha tornado no principal rosto de um regime associado a violência e opressão, Lenine não passou incólume. Se por um lado, redistribuiu as terras e nacionalizou a indústria e os bancos com o objectivo de resgatar os trabalhadores da pobreza, por outro não se coibiu de usar a violência para derrubar os seus adversários ideológicos.

Ainda assim, espalhados por alguns territórios que pertenceram à antiga União Soviética, é possível encontrar vestígios de uma idolatria ao líder que foi o rosto mais icónico da revolução de 1917.   Em alguns casos são monumentos danificados ou ignorados, resultado das práticas de apagamento da simbologia do regime após a dissolução da União Soviética e de um passado ainda por resolver.













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