quarta-feira, 3 de abril de 2019

Luanda - de outros tempos

Gabinete de Cinema do C.I.T.A. - Realização
Portugal, 1973
Género: Documentário
Duração: 00:15:46, 24 fps
Formato: 35mm, Cor, com som
AR: 1:1,37
Detentor de Direitos: Por favor contacte a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema para obter informações sobre os detentores de direitos. | Please contact the Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema for information about the rights holders.
ID CP-MC: 7002443

Rua Pereira Forjaz, a caminho da Mutamba - 1965


Marginal (Av. Paulo Dias de Novais) - 1972
Cinema Miramar
Corria o ano de 1972
Fortaleza de S. Miguel
Calçada da Fortaleza
Ameias da Fortaleza de S. Miguel
Banco de Angola e ainda se vê os chapéus da Cervejaria Arcádia, ao lado havia a Farmácia Janeiro.
Colégio de S. José de Cluny, Museu de Angola, Mercado do Quinaxixe, prédio da "Cuca" (ainda sem o reclame luminoso da dita)
Rampa do Liceu Salvador Correia
Marginal
 Ilha do Cabo, junto ao Kussunguila
 Marginal
Marginal Banco de Angola
Ilha do Cabo, do lado da Chicala
Ilha do Cabo, do lado da Chicala
Vista a partir do topo do eixo-viário
Fundo do eixo-viário
Jardim do eixo-viário
Cinema Miramar


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Fortaleza de S. Miguel, com a cidade a seus pés


Casa do Desportista, ilha do Cabo
 Junto ao Clube Naval, ilha do Cabo
Junto ao Clube Naval, ilha do Cabo
Estátua Vasco da Gama, avenida Marginal

sexta-feira, 22 de março de 2019

SOS - MOÇAMBIQUE

Fotos - Luís Barra









Chama-se Escola Primária Completa 1 de Junho. Moçambique, em 2011, tinha 1200 crianças entre os 6 anos e os 12 anos, que ali frequentavam os primeiros sete anos de escolaridade. Tinha 20 professores, seis salas e um balneário.

Agora, numa imagem aérea a circular online que ilustra bem a devastação provocada pela passagem do ciclone Idai, que fez o rio Buzi transbordar.

D.R.
No entanto, um documento oficial do Centro Meteorológico da África do Sul a que a VISÃO teve acesso, datado do dia 13 de março, dava conta da chegada do ciclone Idai e da previsão de ventos na ordem dos 176km/hora a atingirem a região do centro de Moçambique no dia 15 de março, como acabaria por ocorrer.

Moçambique: “Abertura das comportas vai ser uma catástrofe”

“Os últimos números que chegaram a Maputo davam conta de que a barragem de Chicamba está a 74% da sua capacidade. Sinceramente, parece-me um número baixo”, começa por dizer à VISÃO Dinis Juízo, engenheiro civil e professor da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. “Com aquilo que têm sido as chuvas das últimas semanas, com o ciclone e com o que tem sido possível ver nas fotografias, diria que os níveis estarão acima dos 90%” afiança o engenheiro civil em entrevista telefónica desde Maputo.
O engenheiro civil acredita, também, no cenário de necessidade de descarga das barragens a montante da Beira, e dá conta que há pessoas a fugir para as cidades de Chimoio e Quelimane, zonas mais altas que lhes poderão garantir alguma proteção.
 D.R.
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Idai: Primeiro C-130 português com apoio esperado hoje na Beira

Com as estimativas a apontarem para que 90% da cidade da Beira esteja destruída, o vídeo partilhado pela Cruz Vermelha no Twitter é mais uma prova da devastação em Moçambique




MOÇAMBIQUE - SOS

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira, no centro de Moçambique, na quinta-feira à noite, uma crise agravada pelo transbordar do rio Buzi. A comparação das imagens de satélite anteriores à tragédia com a que agora foi divulgada pela Agência Espacial Europeia permite perceber a dimensão das inundações

Vastas áreas de terra foram inundadas, estradas destruídas e comunicações interrompidas. Em Moçambique morreram pelo menos 84 pessoas, mas, segundo o Presidente daquele país, o número de vítimas pode subir até à casa dos milhares. No conjunto dos três países, há pelo menos 200 mortos confirmados, centenas de desaparecidos e milhares isolados.


Em Moçambique, as próximas horas vão ser decisivas, perante a previsão de fortes chuvas. O nível das águas pode continuar a subir, há barragens no limite da capacidade e localidades que podem ficar submersas a qualquer momento.


Mais de mil pessoas podem ter morrido na passagem do Ciclone Idai pelo Sul da África
Porque é que o ciclone Idai foi tão destrutivo?Especialistas que explicam as razões que estão na origem da catástrofe que assolou Moçambique, o Zimbabwe e o Malawi.
Quando este ciclone se deslocou para terra, explica Alfredo Rocha, “esteve durante cinco ou seis dias a mover-se muito pouco e a despejar muita chuva, o que não é normal”, tendo em conta que, regra geral, os ciclones afectam a terra durante dois ou três dias. “Depois, ao mesmo tempo que esteve a despejar chuva, empurrava a água do mar em direcção à costa, o que fazia com que a chuva, uma vez caída em terra, tivesse difícil escoamento em direcção ao mar”, acrescenta.Estes fenómenos naturais estão associados à sobreelevação do nível do mar (que, no caso do Idai, se estima que tenha sido entre os 2,5 e os 3 metros). Explica Filipe Duarte Santos que “na zona central do ciclone – o olho do furacão – a pressão é muito baixa” enquanto à sua volta a pressão é alta, “de maneira que o mar é sugado dessa zona em que a pressão é baixa, sobe e esta massa de água sobreelevada [que se encontra acima do nível médio do mar], com o movimento do ciclone, avança para terra”.Assim que o ciclone Idai entrou em terra, a 15 de Março, perdeu força (passando a tempestade tropical)  mas continuou a causar chuva muito intensa durante os dias seguintes em Moçambique, no Zimbabwe e no Malawi, levando à acumulação de água e ao aumento dos caudais dos rios. O Idai continuou, assim, “a alimentar as bacias hidrográficas que depois vão intensificar as cheias a jusante desses rios”, explica Alfredo Rocha. (fonte)
Para um ciclone se formar é necessário a temperatura da água do mar estar acima dos 27 graus Celsius, sendo também necessário outras condições, nomeadamente ao nível da distância mínima do Equador (entre cinco e dez graus para Sul e para Norte). “Muito próximo do Equador não há ciclones, porque não há movimento de rotação” na atmosfera e nos oceanos (a chamada Força Coriolis), afirma o professor da Universidade de Aveiro, que nota ainda que “é também necessário que não haja ventos muito intensos na vertical, porque destroem o ciclone”.

Quando a água do oceano se evapora, “essa evaporação entra na atmosfera e sobe um pouco mais, arrefece e condensa”, com o vapor de água a passar de novo ao estado líquido. “Nesse processo liberta-se uma quantidade muito grande de energia, é esse o motor do ciclone”, explica Alfredo Rocha.
É, portanto, a conjugação destes factores, segundo o especialista em meteorologia e oceanografia, “que vão determinar a trajectória e a evolução de um ciclone”, tendo-se reunido as condições para que o Idai estivesse “durante muito tempo próximo de terra”.

PORTUGAL como país irmão está na linha da frente da ajuda humanitária.
Avião C-130 da Força Aérea


O primeiro de dois aviões C-130 com apoio português às operações de socorro às vítimas da passagem do ciclone Idai em Moçambique é esperado esta sexta-feira à tarde na cidade da Beira
O avião transporta a força de reação imediata portuguesa, constituída por 25 fuzileiros, dez elementos do Exército, três da Força Aérea e dois da GNR (equipa cinotécnica).

O envio de dois C-130 Hércules, da Força Aérea Portuguesa, foi anunciado ao início da noite de quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal (MNE), Augusto Santos Silva, tendo partido de Lisboa algumas horas depois.
Um segundo C-130 com apoio português partiu na noite de quinta-feira para a Beira, transportando uma equipa avançada de peritos da Autoridade Nacional de Proteção Civil, elementos da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana (GIPS e binómios de busca e socorro), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da EDP.
No primeiro avião, além dos 35 militares, integram a força, uma equipa cinotécnica (homem e cão) da GNR, numa operação coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

RÚSSIA Cem anos depois da revolução, há vida para Lenine além das estátuas?

A influência de Lenine já não é a mesma, e não teria sido necessário esperar cem anos desde a revolução bolchevique para perceber como o legado do líder soviético tem sido alvo de questionamento na sociedade russa. Um dos exemplos prende-se com o debate sobre a permanência do corpo embalsamado de Lenine no mausoléu onde está na Praça Vermelha, em Moscovo, que se iniciou no final dos anos 1980. Já este ano a Igreja Ortodoxa Russa Fora da Rússia aproveitou o centenário da Revolução Russa para abordar este tema ao pedir que os restos mortais sejam retirados do local.

Ainda que Estaline se tenha tornado no principal rosto de um regime associado a violência e opressão, Lenine não passou incólume. Se por um lado, redistribuiu as terras e nacionalizou a indústria e os bancos com o objectivo de resgatar os trabalhadores da pobreza, por outro não se coibiu de usar a violência para derrubar os seus adversários ideológicos.

Ainda assim, espalhados por alguns territórios que pertenceram à antiga União Soviética, é possível encontrar vestígios de uma idolatria ao líder que foi o rosto mais icónico da revolução de 1917.   Em alguns casos são monumentos danificados ou ignorados, resultado das práticas de apagamento da simbologia do regime após a dissolução da União Soviética e de um passado ainda por resolver.